quinta-feira, 24 de março de 2011

Conto. Peixinho Britânio.

Conto feito  e enviado como depoimento pra minha amiga.(Britânio é o nome do seu peixe.)
Era uma vez um peixinho do mar.Esse peixinho se chamava  Britânio.Britânio não gostava de si mesmo,achava que não tinha feito nada de relevante em sua vida,não se achava nem feio,nem bonito.Ele simplesmente não se achava.
Pra ele,ele não era NADA.
Ele queria ser especial.Queria ter o seu lugar no fundo do oceano,com outros peixinhos.Mas ele não tinha amigos.Ele só vivia de nadar a toa,por aí,pensando e chorando por nada,já que não existia coisa alguma em sua vida.Britânio não era como o peixe gato,com montes de dentes e bigodes insinuantes,nem como o peixe espada ,tão comprido e fininho,ele não era nem sequer grande como a baleia,nem mau como o tubarão,nem brilhante como a enguia,nem  rápido como o cavalo marinho. Mas,acima de tudo,a maior tristeza de Britânio era não ser como a sereia,além de linda e de cantar bem,ela era duas coisas:humana e peixe.Ele queria ser assim,imagine  pra quem não é nada,o quanto é maravilhoso ser duas coisas grandiosas ao mesmo tempo.Era fascinante,era impossível.E pensando assim,Britânio  foi ficando cada vez mais vazio,cada vez mais fechado.
Cada vez mais SOZINHO.
E então,enquanto ele nadava no oceano num dia de sol,ele ouviu um choro ao longe,um choro meio infantil,um choro fraquinho,mas extremamente triste.
Ele começou a segui-lo,se aproximando cada vez mais.Quando chegou próxima a uma pedra grandona, ele viu que quem chorava era a sereia.Ela estava bastante desolada,e aquilo,fez com que ele perguntasse o que houve com ela.
A sereia contou tudo que afligia ela,que estava apaixonada por um tritão,mas este não gostava
Foi então,que Britânio deu um estalo e uma lâmpada se acendeu em sua cabecinha.Ele ajudou a sereia,falou com ela,e tanto a alegrou,que ela acabou confiante o suficiente pra conquistar o seu amor.Britânio,a essa hora,já cheio de amigos, se deu conta o quanto era feliz e não sabia.Ele existia sim,ele ocupava espaço e ele sabia que era útil.
E foi então que Britânio absorveu a lição mais importante da sua vida.
Não importa quantas coisas você pareça ser,contanto que esteja convicto que é algo e que tem um propósito.
E assim,Britânio,não foi só feliz pra sempre,como também fez os outros peixinhos  felizes enquanto viveu.
(Beijos Débora e Britânio...)
XOXO.

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