domingo, 3 de abril de 2011

Textos escolares -Parte II

O amor é tão vívido,quente e incontrolável como a chama de uma vela:queima mais e corre pelo pavio,acabando-o e  acabando-se aos muitos,diminuindo aos poucos.Depois de um  longo período curto,vira fim,vira cera tão suja quanto seu coração era no início,antes do amor.Mesmo assim,é viciante.
Então,continue procurando seu fósforo.E aja o que houver,sustente seu vício.
Continue queimando.
                                                          -
Esse papo de amor não existe.É invenção de poesia,música e composição.É algo puro demais pra existir.E quando você acha que existe,que encontrou,ele some.
Ele está nas asas do passarinho,nas cores do céu no fim da tarde,nas ondas do mar,nos cachos dos cabelos,no calor do inverno e a  friagem do verão.Ele está nas palavras,mas não no coração do poeta.
E não se pode pegá-lo,nem em arapuca,armadilha,tocaia ou cilada.Se assim fosse,seríamos todos caçadores,procurando abrigo em selvas de pedra.
E alento nos muros da madrugada.
Mas,se ele existe mesmo,mesmo que ínfimo,então não corra atrás.Espere-o,cative-o,deixe-o entrar de repente mas devagar,deixe-o se espalhar devagar,fique quieto e faça silêncio,só sinta o  frescor.Espere-o sutilmente,porém cheio de vontade,e ouça-o,como se viesse com o despertar silencioso  de uma manhã tranquila.
(Eu sei que me me contradigo em muita coisa,mas,que seja,quem se mantém não vai além.)
Beijos,molecada.

Textos escolares -Parte I

     ( Textos feitos nas folhas de trás do meu caderno.Me ajudam a me manter calma,lúcida e,apesar de me distraírem,me concentram também.)
Eu escrevo.Eu escrevo  por que vejo.Por que presencio.Por que sinto.Mas principalmente por que não julgo.Por que não penso.
Eu escrevo,por que não tenho motivos.Se os tivesse,não seria preciso,passaria mais pra obrigatório do que pra involuntário.Se tivesse motivos pra escrever,não o faria.
No meu estado,tenho que escrever,pois penso a lápis.Preciso ser escrevendo,por que não sou sem isso.Preciso ser pra pensar,escrever pra ser.
Escrevo,por que procuro o remédio de um mal sem cura.E ao mesmo tempo que me aproximo e revelo minhas decisões e vagas emoções humanas,distancio-me das lembranças e da minha própria humanidade.
É um paradoxo:por que sou louca e dessa loucura me alimento,procuro nas palavras meus sustento,minha força nas frases,minha vida na mágica das letras.
Eu as como por que nunca me sacio  dessa fome de palavras.
                                                                            -
Ele bate.Ainda.Mais rápido que antes e mais feliz também.Eu parei,com tudo isso.Tenho que negar e,fazendo isso  vou acabar acreditando no que eu digo.E nesse dia,serei plena.Meu sorriso será puro.Sincero.Fugaz e leve.Será assim,até aparecer outro alguém ou até eu esquecer e aí,serei livre.
Saber o que se passa.classificar o que se é.Identificar o que fazer.Destrinchar minhas emoções a fim de compreendê-las.Separar e deslocar limites,mantendo-os longe ou transpô-los de vez.E são várias barreiras,meu orgulho,meus defeitos e mudanças.E pensar que isso era de alguém.Alguém que não culpo mais.
Já parei de repetir(ou não):não estou com raiva,e ainda gosto desse alguém.Poderia dizer que estagnei,até por que não é mentira.E ele disse,com todas(e muitas) letras talvez esse seja o segredo pra esquecê-lo:cansar.Mas não estou cansada.
Então,enquanto espero o cansaço me vencer,vou continuar a lutar,quieta.
Até não lembrar mais.

ATRASO.

ok,ok,desculpem ,desculpem  foram prováveis  5 dias sem postar absolutamente nada,mas era uma espécie de intervalo pra me lembrar de que eu não tenho vida fora  do pc.Rá.
Detesto deixar pessoas desamparadas,e eu realmente estava assim,sem contar devastada,entediada,e com raiva.(NOTA:Não é TPM,ou algo do tipo,acho que já disse que é invenção da mídia.).Esse blog me ajuda,nessas horas.O engraçado é que eu fico sem postar justamente nesses momentos.tsc,tcs.Eu não sei cuidar bem de  blogs,pessoas ou peixinhos beta.Eles acabam abandonados,mortos,estufados ou distantes.RSRS.
Não faz mal,afinal escrevi muita coisa nesse intervalo de tempo.E quero postar tudo hoje.
(Talvez,vocês morram como meus peixinhos que morrem de tanta comida.Mas não quero matar ninguém com excesso de textos.)
Beijos.Aninha.

quinta-feira, 24 de março de 2011


Percebi que escrevo muita coisa,mas quase nunca sobre mim (quer saber mais,vide 'quem sou eu'!).Gostei tanto que virou descrição pra um álbum meu no orkut.
Você sobreviveu ,cara.É guerreira,aguentou muita coisa calada,mas não conseguiu calar seus pensamentos.E isso te faz genial ,colega.Só vim aqui dizer que eu te amo.No sentido literal das palavras,você não é nada sem mim e vice e versa,eu sei de tudo seu,seus gostos estranhos,segredos mais obscuros,esquisitices,birras,tristezas...Eu já te odiei,tendo raiva de cada fração de você,cada coisa que fizesse parte da tua vida.Já detestei compartilhar dessa sua personalidade bipolar,muitas vezes te fazendo mal,em vários sentidos.Mas eu te ajudei nas escolhas e me ferrei com cada uma que fosse errada.Te aclamei nas suas conquistas e tive muito orgulho,as vezes até demais.C vai sempre estar comigo,eu vou decidir tudo contigo,olhar sempre por você,aprendi a te amar e está crescendo tudo o que sinto por você.Acompanhei cada momento seu,cada fase,minuciosamente ,de perto,aprendi a amar todas elas,pelo fato de ter feito você aprender,ter te feito uma pessoa melhor,mesmo que tenha sofrido com isso.C é marrenta garota.Mas eu sei que c me ama,está no seu olhar,na sua confiança.Seus gestos me lembram,seus olhares,tudo isso também é meu.Você é especial garota,mas ainda há muito caminho pela frente. Não importa o que aconteça, você sempre, sempre será minha. Muito especial, a maior parte de mim. Ana Paula.
XOXO,galerinha

Conto do encontro.

E de repente, foi como num sonho ruim. Estavam os dois lá, sozinhos. Analisando a olhos curiosos o outro. Depois de uns longos segundos, ambos sentiram nojo do ser estranho a frente.
O homem moderno olhou a figura que tinha a sua frente mais animalesca que humana. Ele era meio encurvado, com trapos de pele de animal, cheirando a gordura e sangue, com pêlos escuros emaranhados por todo seu corpo. Trazia em suas mãos uma espécie de taco de madeira e uma expressão raivosa por baixo das sobrancelhas grossas e unhas longas. Ele era alto também.
O homem das cavernas viu o homem de terno e gravata, óculos que pareciam outros olhos pra ele, com o cabelo brilhando de gel, sapatos lustrados, alto também e pasta na mão.
Os dois tiveram medo. Não sabiam o que esperar.
Mas, não houve tempo para isso.
 Não sabiam em que tempo estavam e podia haver animais por ali. Estava escurecendo e logos eles podiam chegar, Olharam em volta, pra procurar lenha e não acharam nada. Estavam em um local que aprecia deserto. Viram alguns gravetos, mas eles não seriam suficientes. Arrancou a pasta do homem moderno de repente e jogou os papéis,que eram importantíssimos pra a empresa na qual trabalhava,jogando-os na fogueira, já acesa com um fósforo que estava no bolso de seu paletó.
Sentaram em volta dela. Olharam o fogo e depois se olharam, mas não como antes.
Nenhum viu roupas, objetos, ou aparência.
Olharam, finalmente pra os olhos e pra alma do outro,
E descobriram no fim a resposta daquele encontro.
Haviam se esquecido de que eram apenas homens.
Sorriram.

Conto. Peixinho Britânio.

Conto feito  e enviado como depoimento pra minha amiga.(Britânio é o nome do seu peixe.)
Era uma vez um peixinho do mar.Esse peixinho se chamava  Britânio.Britânio não gostava de si mesmo,achava que não tinha feito nada de relevante em sua vida,não se achava nem feio,nem bonito.Ele simplesmente não se achava.
Pra ele,ele não era NADA.
Ele queria ser especial.Queria ter o seu lugar no fundo do oceano,com outros peixinhos.Mas ele não tinha amigos.Ele só vivia de nadar a toa,por aí,pensando e chorando por nada,já que não existia coisa alguma em sua vida.Britânio não era como o peixe gato,com montes de dentes e bigodes insinuantes,nem como o peixe espada ,tão comprido e fininho,ele não era nem sequer grande como a baleia,nem mau como o tubarão,nem brilhante como a enguia,nem  rápido como o cavalo marinho. Mas,acima de tudo,a maior tristeza de Britânio era não ser como a sereia,além de linda e de cantar bem,ela era duas coisas:humana e peixe.Ele queria ser assim,imagine  pra quem não é nada,o quanto é maravilhoso ser duas coisas grandiosas ao mesmo tempo.Era fascinante,era impossível.E pensando assim,Britânio  foi ficando cada vez mais vazio,cada vez mais fechado.
Cada vez mais SOZINHO.
E então,enquanto ele nadava no oceano num dia de sol,ele ouviu um choro ao longe,um choro meio infantil,um choro fraquinho,mas extremamente triste.
Ele começou a segui-lo,se aproximando cada vez mais.Quando chegou próxima a uma pedra grandona, ele viu que quem chorava era a sereia.Ela estava bastante desolada,e aquilo,fez com que ele perguntasse o que houve com ela.
A sereia contou tudo que afligia ela,que estava apaixonada por um tritão,mas este não gostava
Foi então,que Britânio deu um estalo e uma lâmpada se acendeu em sua cabecinha.Ele ajudou a sereia,falou com ela,e tanto a alegrou,que ela acabou confiante o suficiente pra conquistar o seu amor.Britânio,a essa hora,já cheio de amigos, se deu conta o quanto era feliz e não sabia.Ele existia sim,ele ocupava espaço e ele sabia que era útil.
E foi então que Britânio absorveu a lição mais importante da sua vida.
Não importa quantas coisas você pareça ser,contanto que esteja convicto que é algo e que tem um propósito.
E assim,Britânio,não foi só feliz pra sempre,como também fez os outros peixinhos  felizes enquanto viveu.
(Beijos Débora e Britânio...)
XOXO.

Mini-textos aleatórios.(FURTO E LOUCURA DOCE )

Eu e minha mania de escrever sobre 'amor'.(Devia existir um nome mais realista pra esse sentimento,que não fosse tão ingênuo  como 'amor' ou cético  e vazio como 'gostar')


 FURTO.
Você me faz sentir como se a vida me desse um soco.Me faz sentir como numa manhã nublada de dezembro,como se eu acordasse de um pesadelo pra viver na realidade um sonho,não como se  eu renascesse mas sim como se nascesse pela primeira vez.Como se formigas morassem  na minha cabeça ,abelhas zumbissem no meu coração e vespas corressem nas minhas artérias.Você me faz ficar viva,me faz lembrar como é ser especial o que me faz   me sentir assim.Estar longe é o que me faz lembrar que a alma as vezes pode não ser só sua.Você,roubou  minha atenção,meu amor,meus pensamentos ,minhas alegrias ,monopolizou meu mundo e  minha realidade.Mas,acima de tudo,você furtou uma coisa muito  grande,garoto:
Você me roubou de mim.
Resposta as pessoas normais.('Vocês riem de mim por que sou diferente e eu rio de vocês pro que são todos iguais' Bob Marley.)

DOCE LOUCURA
Eu sou louca.A diferença é que eu não acho isso,eu fui taxada assim.Minha loucura é de alta periculosidade,pega e as vezes até pode viciar.Antes eu não queria nem devia perder tempo,por que ele é precioso demais,mas com o passar do tempo,vi que a melhor forma de mostrar o amor que tenho por mim mesma é perder um pouquinho de tempo comigo.Eu não te autorizo a me amar nem mandei ninguém fazer isso mas as pessoas fazem-no de todo jeito então deixei de resistir a isso,mas eu não quero só um(a) colega principalmente se você for ‘normal’ e dentro dos padrões sociais,parei de colecionar pessoas e passei a colecionar amigos e essa coleção fico feliz de afirmar que nunca completo.É vetada qualquer tipo de aproximação comigo,por quê eu vim sem bula nem manual de instrução,e acredite,se eu sobrevivi a esse ano,minha data de validade também vai ser bem longa.Não deixo você gostar de mim,é proibida a entrada e estacionamento no meu coração.Só que, infelizmente,tudo que é proibido é  considerado melhor pras pessoas sejam’ normais ‘ou não.
xoxo.Aninha.